segunda-feira, 18 de junho de 2018

Desconforto

Um desalento árduo

Os desatinos da vida e as desilusões amorosas nos fortalecem de forma dolorosa. 

Todavia, eu seja como as flores do inverno, que sujeitam o frio insuportável. Talvez, possa ser por isso que elas duram tanto tempo, aguentam viver na indiferença, aceitando humildemente a variação de cada estação. Como são fortes, um exemplo para todas as espécies, principalmente para mim, que vivo uma transmutação irônica e intempestiva.

Jamais negarei tal inoportuno momento, o qual me fez reagir de forma completamente constrangedora, um fato triste para minhas histórias e recordações, as que terei de enfrentar a todo instante, e por minha culpa não tenho mais o teu amor, carinho e atenção, quanta imaturidade, nunca esquecerei desta exaustão infelizmente fará parte da minha vida como uma experiência errônica.  

Compreendo que deixei escapar uma oportunidade, mas pense, sou do tipo que em momento algum chegaria em um rapaz primeiro, na minha humilde opinião quem deve fazer as honras e/ou  iniciar uma conversa, certamente é o mocinho que também se mostra interessado, estou errada? Acredito que não muito, porém, hoje em dia as coisas mudaram muito, não estamos mais vivendo na idade da pedra, onde as mulheres eram cortejadas.

Vivo um desalento árduo, intempestiva, todavia impulsiva, renunciei meus sentimentos,  deixei partir involuntariamente, poderia sim ter lutado, corrido atrás, mas enfim, seu adeus não foi um mero acaso, mais um aviso de que não daríamos certo, nossa história seria um estorvo dolorido, lembranças espinhosas.

Concordo com a plenitude divina, em suas palavras misericordiosas, que poderia ter aberto mais os caminhos, ter possibilitado mais a convivência, tudo seria diferente. Agora, não adianta chorar pelo leite derramado, não irá consertar o que aconteceu, a melhor forma é: aceitar que o perdi para outra mulher....

Pilar Mariosa Bastos    

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