A verdade é vista conforme a convivência pessoal, portanto a verdade sempre será relativa. (Roberson Avellar Ramos)
Meu nome é Flávia, sou uma pequena jovem que mora na cidade do interior, que veio morar com a única tia ou melhor dizendo: única parente que lhe restara. Não posso reclamar, Perpétua, é uma excelente tia para mim, tudo que preciso, sempre dá um jeito de conseguir e quando o resultado é negativo, pede alguém de sua inteira confiança ir a capital comprar o livro que me falta. Mas, tem algo que começo a perceber, e isso anda incomodando muita gente por aqui, infelizmente ou felizmente ela é desse jeito.
O incômodo perturba, tira a paz de muita gente na cidade, principalmente para aqueles que andam dizendo por aí: " pouco se importam com a sua presença" não faz tanta diferença, se está comigo ou não, basta um passo para trás e o pensamento vem: como você me incomoda. O que fazer nessas horas? Fingir que não ouço, como já falei, sou muito jovem e tudo que tenho a fazer é agradecer e não atirar pedras para quem me acolheu.
Perpétua é assim, apesar do seu jeito, desse seu caráter difícil, do seu gênio forte, ela se perturba com um simples barulho de um mosquitinho, de tão agoniante que sua semana está sendo, chateia-se com os barulhos do chinelo, com os ruídos da porta, e fica mais irritada ainda: quando alguém toca a campainha, aí, a titia vira um Pastor Alemão de tão raivosa que fica.
Agora se for alguém da Irmandade da Igreja, ou até mesmo o Padre Zequinha, a Tia Perpétua vira um anjinho, transforma-se em outra pessoa completamente diferente daquela que muitos na cidade de costuma sair falando por aí: Nossa lá vem a Perpétua Rabugenta. Porém, uma coisa é muito certa, ela é minha titia e a amo muito. Flávia
Pilar Mariosa Bastos
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