Os melhores amigos que tenho para conversar são: O Meu Diário & A Madrugada.
Querida Madrugada, por ondes andas que ainda não chegaste? Justo hoje que ia chamar-lhe para conversar, resolve alongar um pouco mais a noite? As horas estão custando a passar e tenho muita coisa a dizer. Iniciar as primeiras linhas de July, sem a sua companhia é a mesma coisa que resolver equação matemática do segundo grau, então pergunto: Madrugada, onde está você?
As minhas inspirações fizeram-me rabiscar algumas palavrinhas, relembrando-me do tempo em que escrevia sobre o amor. Descrever um sentimento pelo qual há inúmeras significações, desde o amor fraterno até a sua divisão onde se fala de ilusão/fantasia, desejos/paixões/ciúmes, não é tão fácil quanto parece ser na verdade, quem já sentiu na pele o toque desse sentimento verdadeiro, quem amou de verdade é que tem a liberdade para dissertá-lo de maneira muito esplendorosa e grandiosa.
Quantas declarações feitas nestas páginas, todas guardadas aqui com minha amiga July, cartas para os desamores contando sobre a dor de estar longe/ou quanto feria e machucava ao perceber que estava com outra/seguiu em frente para esquecer-me/namorando outro alguém, lágrimas/lastimas/desesperos também passaram por aqui... A perseguição do amor/ a palavra favorita do coração/ os sessenta segundos restantes pra terminar à minha dissertação, quantos olhares apaixonados, pedidos, promessas estão segredados, histórias que não acabam mais, meus olhos brilhavam de alegria/satisfação por ver a tamanha perfeição escrita.
Bons tempos eram aqueles, queria muito poder voltar a falar de amor, deixa o coração leve/purifica à alma/permitindo a nitidez no olhar/a brisa que carinhosamente toca o rosto, outorgando-me à sonhar com o verdadeiro amor. Enquanto não vem até mim/faço minhas palavras irem até ELE.
Já falei, dissertei, argumentei, relembrei... e onde está a minha amiga madrugada que ainda não chegaste?
Rosa Coral
Pilar Mariosa Bastos