sábado, 10 de setembro de 2016

No Final de Tudo

Paz para o meu coração

Com a dança das flores não me sinto tão só...

Abro as cortinas para ver a luz do dia, no primeiro piscar de olhos me deparo com vidro embaçado, que por sua vez lágrimas rolam do lado de fora, eis que surge uma manhã triste, tempestiva, fria e cinzenta, porém, abençoada por Deus. Não há motivos para reclamar, somente a agradecer por poder enfim registrar esse momento, que há de ter algum motivo.

Uma semana de reflexão, deixar os pensamentos livres, perguntas soltas dentro de nós, um porque com respostas vagas onde não nos levará a nada. Mas, tenho alguns aspectos, registros memorizados, que podem torna-se sem importância: Onde foi que errei?, em que ponto falhei para estar assim desse jeito? Não consigo sequer reacender o brilho do meu olhar.

Ando calada, quieta, querendo curtir meu cantinho, ler, estudar, sem vontade de conversar, sentir um pouco dessa solidão que me foi consentida, meu sorriso as vezes aparece meio apagado, que faz minha bela alma chorar e meu coração sofrer com tanta dor. Se houve algum motivo, ou alguma coisa que possa aliviar essa saudade que invade meu peito, e deixar para trás o vazio que sinto, será bem vindo. O que para mim era novidade, tornou-se em um peso da indiferença.

Palavras estas que faz parte de um vocabulário que tem uma ausência enorme, inúmeros sentimentos confusos, a falta de um carinho e respeito. Sim, sinto falta de algumas coisas, algo que preencha estas linhas que se sentem rejeitadas quando não há histórias para contar, as duras semanas que preside e persiste em me incomodar.

No final de tudo, o que me faz ficar alegre com esta manhã tão triste, foi testemunhar a felicidade e satisfação das minhas pequeninas flores, ao se encherem de ternura agradeceram a Deus com a sua linda dança por mais um dia feliz. Pois, foram regadas com amor, paz e tranquilidade, momentos estes que me transmitem o mesmo para minha alma e coração que encontram o melhor remédio para aliviar essa dor. E o melhor de tudo: Não me sinto tão só, neste dia tempestivo que embaçou o vidro da minha janela.

Pilar Mariosa Bastos

Nenhum comentário:

Postar um comentário