Mas...sabe como é, quando o coração cisma não tem jeito.
Escrevo e apago, apago e escrevo inúmeras vezes o mesmo parágrafo. As dúvidas começam a surgir, o início que para mim estava muito bom, ficou econômico demais para quem rabiscou mais de uma linha. De repente, no meio do caminho, ideias aparecem para iluminar o que está apagado, o que não fazia sentido algum.
Enfim, a coragem resolveu aparecer, busquei no dicionário palavras com significados diferentes para ajudar-me a manifestar, o que de mais belo nasceu em mim, o jardim que não mais florescia: Reviveu, porque depositaram nele, gotinhas de muito amor e carinho, este que não mais tinha cor, voltou a ter mais vida.
Meus pensamentos, estão repletos de desejos, estes que vem crescendo a cada segundo que passa, a todo momento quando a sua imagem me veem a mente. Tento esquivar-me, desse desatino descompensado, infelizmente, transformou em predominante personagem das minhas entrelinhas. Sim, és mais forte do eu, se é impossível correr contra o vento, imagina lutar contra um desejo quando duas almas querem estar juntas?
É como andar na direção do tanque de guerra, logo depois, ter que desviar de todo aquele perigo que se instala dentro da gente, seria como nada de encontro a forte correnteza, e deixá-la nos levar para qualquer lugar. Poderia, seguir as marcas dos passos no chão para descobrir para onde ela me destinará, será que me colocaria de frente com aquele que conquistou meu coração?
Ah... esse amor descompensado! Se pudesse, nesses momentos finais responder as perguntas que farei por agora, ficaria eternamente grata, mas se o acaso, me ajudares apenas encontrar uma forma de compreender as palavras e através dela conseguir uma única respostas para minhas indagações, ficarei eternamente agradecida.
Que culpa eu tenho, se meu coração olhou para ti? Que culpa tem a minha alma, por ter se apaixonado? Eu não o escolhi para amá-lo, tão pouco me apaixonar por ti, o meu caminho apenas cruzou com o teu, por irônia desse tal destino....
Pilar Mariosa Bastos
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