sexta-feira, 21 de abril de 2017

Cidade Profana

Fica aqui o meu adeus

Ingrata fostes comigo, mas agradeço por mostrar-me o caminho certo a seguir.

O pensar, o que será o pensamento, se não uma nuvem de palavras com ou sem sentido? Pode ser uma argumentação, uma corrente forte do bem, um desabafo talvez, significados de palavras que podem tocar o coração, ou simplesmente um mero adeus, até nunca mais.

Não serei injusta, pois passei parte de minha vida neste lugar, o que infelizmente não me acrescentou em nada, não me ajudou quando mais precisava, só andei para trás. O que me deu de bom? Meus pais, a minha infância, de resto? Me abandonaste, deixou-me a derivas, a ver o titanic passar, colocou pessoas no meu caminho, as quais imaginei ser para sempre, mesmo assim: só decepção.

Caso tenha possibilidade de voltar? Acredito, que não. Sou do tipo que jamais colocarei meus pés, em uma cidade, que nunca me deu nada de bom, tenho muita magoa, tristeza por este lado, onde vivo, encontrei pessoas que realmente fazem diferença, me ajudam a pensar, a ver o que é certo ou errado, me faz acreditar que tudo é possível. Então, pergunto: Voltar pra quê?

Fica aqui o meu adeus, a minha despedida a Cidade Profana, não direi que irei esquecê-la, faz parte de minha vida e da minha existência, mas não sonhe que estarei retornando, penso em não regressar, só se houver extrema urgência, ao contrário, nem mesmo a passeio verás a minha pessoa.

Adeus, espero que um dia, consiga enxergar a filha que perdeste!!

Pilar Mariosa Bastos


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