sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Encontro Sem Palavras

Contando a nossa história

Histórias inventas, histórias criadas, histórias contas, mas nenhuma delas são especias quanto a nossa história.


No início do século XVII, em um pequeno vilarejo chamado Paraíso do Sol, onde os verdes das árvores e das matas ressaltavam a esperança, e as flores com suas variadas cores encantavam este lugar que respira simplicidade e humildade, o respeito para com seus moradores eram mútuos, sempre ajudando entre si.


A solidariedade, é o sentimento que predomina nesta cidadezinha, onde todos fazem de tudo para tentar resolver as questões mais sérias, ou solucionar alguma solução para que ninguém fique prejudicado de alguma forma, mais nem sempre acontecia conforme o planejado, e foi assim que sucedeu com Flora, uma menina meiga e simpática que acabara de chegar de Portugal com seus amados Pais, em seu novo habitar.

Tudo para esta jovenzinha, era tudo muito novo, o seu novo lar, as pessoas, seu local de trabalho, as convivências com seus vizinhos, Flora, teria enfim que recomeçar uma nova história, pois deixou para trás amigos que talvez jamais irá encontrar. Um certo dia, a mocinha resolveu junto com seu irmãozinho Joãozinho, ir até a padaria do Sr. Kenai, para comprar pães conforme sua mãe havia ordenado, no meio do caminho, ela esbarra com um rapazinho muito elegante e pede desculpas pelo acontecido, ele a olhou e não disse uma palavra sequer, seu irmão olhou para ela e disse: Sujeitinho mais sem educação, gostei dele não.

Flora, ao escutar as palavras de seu irmão de 12 anos de idade, resolveu corrigi-lo de uma forma mais suave dizendo: João, não devemos julgar as pessoas pelas suas atitudes, não sabemos de fato o que está acontecendo com este moço, devemos compreender e não jogar pedras, lembre-se disse sempre. Pensativa, sem falar ou concordar com a observação inteligente de seu irmão, ela recordou de algumas passagens com Ravi, o menino que a esnobou, e falou alto: Não foi a primeira vez...

Alguns dias depois, Flora foi a escola para o seu primeiro dia de aula, era professora de literatura romântica, e estava muito ansiosa para conhecer seus novos alunos. Para sua enorme surpresa, o jovenzinho orgulhoso também era professor e trabalhavam na mesma escola, a matéria que ele leciona é História, e todos admiram a forma em que ele ensina as crianças, realmente prende a atenção de seus educandos.

Foram meses e meses passando por uma situação que para a nossa jovem, tornou-se habitual, continuou levando sua vida normal, fazendo o que mais ama, sempre sendo muito simpática, e amorosa com todos do vilarejo e com os alunos da escola, pouco se importava em saber quem era o menino Ravi, nem sequer perguntava sobre ele, vivia como se nada tivesse acontecendo, era apenas um momento qualquer.

Nunca, faça prejulgamento de alguém sem saber o que realmente acontece com a pessoa. Ravi, era um jovem de boa situação, adora ajudar ao próximo, mas em se tratando de fazer novas amizades com quem estava chegando de fora, simplesmente não dava muita chance, o máximo que fazia era olhar e não dizer uma só palavra sequer. Por isso, em meio dificuldades, mesmo que as pessoas precisem de uma ajuda, não desfaça de alguém que um dia poderá vir precisar... ás vezes, quebrar o silêncio será necessário para começar um novo diálogo.

Pilar Mariosa Bastos 








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