Não questionarei a minha condenação, mais foi você quem quis assim!
Abro pela ducentésima vez as portas deste meu coração, para rabiscar neste caderno, a minha incompreensão desta sentença tão cruel, indignada estou por saber que receberei o pior castigo de toda minha vida. Esse parecer que condenou-me injustamente, a ficar anos e anos longe de alguém que para mim é especial. Mil vezes nego à passar por tal constrangimento, que mal eu fiz a ele?
A oração subordinada desta história, está grifada em duas situações: " sujeito e predicado", na qual estou a passar por um tempo. Caso analisemos a frase que citarei aqui, verão que tudo poderia ser resolvido de uma maneira mais amável: Lola foi condenada a se afastar de Cirino por tempo indeterminado ao dar uma resposta indesejada. O sujeito: Lola, predicado: afastar-se de Cirino por tempo indeterminado por causa de uma resposta indesejada.
Não é justo fazer-me passar por isso, cometeram um erro enorme ao sentenciar-me de uma forma tão cruel, quiseram pisar sem piedade aonde mais doí e conseguiram de primeira. Penso, que ninguém some de nossas vidas sem motivo e tão pouco pare de falar conosco por muitos anos, a não ser que tenha decepcionado e lhe deu o direito de silenciar-se, resultando o seu abandono, me deixando com o pior castigo.
Concluo meu pensamento, falando abertamente o que estou sentindo nesta morfologia que envolve número, gênero, grau e orações subordinadas em que fui submetida a viver. Como é sofrido viver assim, ficar no vácuo, presenciando o vazio em mim, sem ter muito o que fazer. Queria poder revogar, recorrer a sentença, mas os superiores me negaram o pedido.
" Se a solidão é o pior castigo que pude receber, imagina o que a saudade é capaz de fazer, ao trazer de volta a pessoa que tanto amamos através de nossos pensamentos"?
Pilar Mariosa Bastos
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