terça-feira, 17 de novembro de 2015

Para Quem Escrevo? (Parte 5)

A penitência que paguei, por deixar o Sacerdote curioso.

Tudo que acontece comigo, tem o fator inexplicável, digo, por que  este meu texto desperta curiosidade incrível nas pessoas, e direi com afinco: Paguei um preço por isso, mas contarei passo a passo o que me aconteceu durante o dia todo.

O que vou dizer agora, fará vocês rirem de mim, pois não esperava essa tal reação, quando conversava com o padre da. minha igreja. A história começa assim: estava em casa, em dia de folga do meu trabalho, confesso que ficar um dia sem sair de casa, me causa um profundo tédio, não há muito o que fazer: a não ser ajudar nos deveres de casa, que não são poucos.

Ao terminar de ajudar em casa, pensei comigo: Quanto tempo, não visito a igreja? Preciso, urgentemente ir lá para conversar com Deus, e orar para minha família, e para as pessoas que passam dificuldades na vida. E assim, o fiz....

Chegando na igreja, senti uma paz enorme, uma tranquilidade em meu coração, todo meu ser se transbordava em alegria e satisfação. O silêncio, se compadecia com meu momento, não havia um barulho,na rua não passa um carro e nem gritos da criançada em frente a casa do Pai.

Enquanto, fazia as minha orações, senti uma mão sobre meus ombros, quando olhei para trás, era o Padre de minha igreja, satisfeito por ver a tua ovelha na casa do senhor, e começamos a conversar sobre tudo, principalmente, sobre o tempo que eu deveria tem para com o pai.

Filha, que bom revê-la na casa do senhor, anda tão sumida ultimamente, confesso sentir sua falta. Que andas fazendo, além de trabalhar muito? Converso muito com seus pais, eles me dizem que chega exaustiva de seu serviço.
Olá, Padre. Nossa, sinto uma vergonha imensa, hoje senti a necessidade de vir conversar com Deus, em minhas orações, necessito com urgência voltar a casa de Deus, e o senhor o que tem feito? Fiquei sabendo que irás se aposentar, é verdade?
Sim, minha filha. Dentro de alguns meses, me aposento e irei descansar, pois já cumpri a minha missão. Querida, quero te falar uma coisa, não leve a mal a este sacerdote que adora ler suas histórias. Outro dia, vistei seu site, e li suas histórias e quatro delas me chamaram a atenção e quer saber? Fiquei curioso e vou lhe perguntar: Para quem você escreve minha menina?

Padre, não vejo problema algum querer saber, mas vejo que esta história, desperta curiosidades né? Toda vez que vou ao trabalho, vou almoçar com as amigas, as pessoas exaustivamente me fazem a mesma pergunta, e a resposta, sempre é a mesma. Não me leve a mal, pois não posso revelar, se o fizer agora, todo contexto da minha história, irá perder seu encantamento e ninguém mais ficará aguçado na sua curiosidade.

Minha filha, contar para mim não há problema, sou Padre e guardo em segredo, não confias em mim?
Não é isso, me preservo não contar agora, por causa que disse acima, não fique bravo, te suplico, mas este é o charme do texto, infelizmente, nem para o senhor que tanto confio...irei contar.
Menina malcriada, estou aqui de coração aberto para que possas confessar e dizer quem é esta pessoa e me responde desse jeito?
Mas Padre?
Não tem, mais e nem menos, lhe darei um castigo por ser tão ousada.
E qual será Padre?
Reze, nas suas folgas e nos finais de semana 35 vezes a suas orações que o pai lhe ensinou: 20 pai nosso, 10 ave-maria e 5 glória ao pai, feito isso está livre de seu pecado.

E assim, termina o meu dia, fui a igreja rezar pela minha família e para o próximo e acabei saindo de lá por deixar o Padre de minha igreja, curioso em saber para quem escrevo.

Pilar Mariosa Bastos

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